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•Reunião da Pastoral Liturgica todo 1º Sábado do Mês • Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!

quarta-feira, 18 de maio de 2011

5° Domingo do Tempo Pascal - 22/05/2011

Primeira leitura (Atos dos Apóstolos 6,1-7)

Leitura dos Atos dos Apóstolos:

1Naqueles dias, o número dos discípulos tinha aumentado, e os fiéis de origem grega começaram a queixar-se dos fiéis de origem hebraica. Os de origem grega diziam que suas viúvas eram deixadas de lado no atendimento diário.
2Então os Doze Apóstolos reuniram a multidão dos discípulos e disseram: “Não está certo que nós deixemos a pregação da Palavra de Deus para servir às mesas. 3Irmãos, é melhor que escolhais entre vós sete homens de boa fama, repletos do Espírito e de sabedoria, e nós os encarregaremos dessa tarefa. 4Desse modo nós poderemos dedicar-nos inteiramente à oração e ao serviço da Palavra”.
5A proposta agradou a toda a multidão. Então escolheram Estêvão, homem cheio de fé e do Espírito Santo; e também Filipe, Prócoro, Nicanor, Timon, Pármenas e Nicolau de Antioquia, um grego que seguia a religião dos judeus. 6Eles foram apresentados aos apóstolos, que oraram e impuseram as mãos sobre eles.
7Entretanto, a Palavra do Senhor se espalhava. O número dos discípulos crescia muito em Jerusalém, e grande multidão de sacerdotes judeus aceitava a fé.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus. 

Salmo (Salmos 32)

— Sobre nós venha, Senhor, a vossa graça,/ da mesma forma que em vós nós esperamos!
— Sobre nós venha, Senhor, a vossa graça,/ da mesma forma que em vós nós esperamos!

— Ó justos, alegrai-vos no Senhor!/ Aos retos fica bem glorificá-lo./ Dai graças ao Senhor ao som da harpa,/ na lira de dez cordas celebrai-o!
— Pois reta é a palavra do Senhor,/ e tudo o que ele faz merece fé./ Deus ama o direito e a justiça,/ transborda em toda a terra a sua graça.
— O Senhor pousa o olhar sobre os que o temem,/ e que confiam esperando em seu amor,/ para da morte libertar as suas vidas/ e alimentá-los quando é tempo de penúria.

Sugestões de Melodias:



Segunda leitura (1º Pedro 2,4-9)


Leitura da Primeira Carta de São Pedro:

Caríssimos: 4Aproximai-vos do Senhor, pedra viva, rejeitada pelos homens, mas escolhida e honrosa aos olhos de Deus. 5Do mesmo modo, também vós, como pedras vivas, formai um edifício espiritual, um sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais, agradáveis a Deus, por Jesus Cristo.
6Com efeito, nas Escrituras se lê: “Eis que ponho em Sião uma pedra angular, escolhida e magnífica; quem nela confiar, não será confundido”.
7A vós, portanto, que tendes fé, cabe a honra. Mas, para os que não crêem, “a pedra que os construtores rejeitaram tornou-se a pedra angular, 8pedra de tropeço e rocha que faz cair”. Nela tropeçam os que não acolhem a Palavra; esse é o destino deles. 9Mas vós sois a raça escolhida, o sacerdócio do Reino, a nação santa, o povo que ele conquistou para proclamar as obras admiráveis daquele que vos chamou das trevas para a sua luz maravilhosa.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.


Evangelho (João 14,1-12)
 
— O Senhor esteja convosco!
— Ele está no meio de nós!
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo João.
— Glória a vós, Senhor!

Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 1”Não se perturbe o vosso coração. Tendes fé em Deus, tende fé em mim também. 2Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se assim não fosse, eu vos teria dito. Vou preparar um lugar para vós 3e, quando eu tiver ido preparar-vos um lugar, voltarei e vos levarei comigo, a fim de que onde eu estiver estejais também vós. 4E, para onde eu vou, vós conheceis o caminho”.
5Tomé disse a Jesus: “Senhor, nós não sabemos para onde vais. Como podemos conhecer o caminho?” 6Jesus respondeu: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vai ao Pai senão por mim. 7Se vós me conhecêsseis, conheceríeis também o meu Pai. E desde agora o conheceis e o vistes”.
8Disse Felipe: “Senhor, mostra-nos o Pai, isso nos basta!” 9Jesus respondeu: “Há tanto tempo estou convosco, e não me conheces, Felipe? Quem me viu, viu o Pai. Como é que tu dizes: ‘Mostra-nos o Pai’? 10Não acreditas que eu estou no Pai e o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo, não as digo por mim mesmo, mas é o Pai, que, permanecendo em mim, realiza as suas obras. 11Acreditai-me: eu estou no Pai e o Pai está em mim. Acreditai, ao menos, por causa destas mesmas obras. 12Em verdade, em verdade vos digo, quem acredita em mim fará as obras que eu faço, e fará ainda maiores do que estas. Pois eu vou para o Pai”.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Refletindo sobre a Palavra

    A Liturgia da Palavra deste 5º Domingo da Páscoa – A, diz-nos que Jesus Ressuscitado é Caminho, Verdade e Vida. A afirmação de Jesus personaliza os temas bíblicos característicos e permite a toda a experiência humana confrontar-se com ele sobre o sentido fundamental da existência. Jesus Cristo, Verbo feito carne, enviado como “homem aos homens”, “fala as palavras de Deus” e consuma a obra da salvação a Ele confiada pelo Pai.
   Eis porque Ele, ao qual quem vê, vê também o Pai, pela plena presença e manifestação de si mesmo por palavras e obras, sinais e milagres, e especialmente por sua morte e gloriosa ressurreição dentre os mortos, enviado finalmente o Espírito de verdade, aperfeiçoa e completa a revelação e a confirma com o testemunho divino de que Deus está connosco para nos libertar das trevas do pecado e da morte e para nos ressuscitar para a Vida Eterna.
   A 1ª Leitura, dos Actos dos Apóstolos, diz-nos que, a fim de não ficarem totalmente absorvidos pelos problemas internos da Igreja, comunidade em contínuo crescimento, os Apóstolos, invocado o Espírito Santo, tomam a resolução de instituir sete colaboradores, escolhidos na mesma comunidade, os quais, sem descurarem o trabalho da evangelização, ficarão, contudo, especialmente encarregados da caridade e dos serviços materiais.
"Não convém que deixemos de pregar a palavra de Deus, para fazermos o serviço das mesas. Procurai, pois, irmãos, sete homens de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria, para os pormos à frente desse cargo. Quanto a nós, vamos dedicar-nos totalmente à oração e ao serviço da palavra". (1ª Leitura)
   Deste modo, os Apóstolos, «servos da palavra», poderão dedicar-se, exclusivamente, àquilo que é essencial : o anúncio da «boa notícia» da salvação. Na verdade, é através da palavra de Deus que a fé nasce nos corações, os ídolos, forjados pelos homens se desmoronam e as mesmas civilizações se transformam.
   Tudo se consegue, esperando na misericórdia do Senhor, como proclama o Salmo Responsorial :
“Esperamos, Senhor, na Vossa misericórdia”.  (Salmo)
   Na 2ª Leitura, S. Pedro diz-nos que, a pedra rejeitada pelos homens, que O fizeram passar pela Paixão e Morte, Jesus Cristo tornou-Se, pela Sua Ressurreição, pedra viva, sobre a qual foi construída a Igreja, o novo Povo de Deus.
"Aproximai-vos do Senhor. Ele é a Pedra viva, rejeitada, é certo, pelos homens, mas, aos olhos de Deus, escolhida e preciosa." (2ª Leitura)
   Unindo-se a Cristo pela sua fé, o cristão torna-se, por seu lado, pedra viva desse edifício espiritual. Embora de modo essencialmente diverso do dos ministros consagrados, fica a participar do Sacerdócio único de Cristo. Pode assim apresentar a Deus a oferta espiritual de toda a sua existência, o seu amor, a sua entrega aos irmãos, o seu trabalho e o seu compromisso temporal. Pode anunciar as maravilhas do amor de Deus.
   O Evangelho é de S. João e diz-nos que, pela Sua vida e pelas Suas palavras, Jesus revelou-nos, perfeita e seguramente, o Pai, de tal modo que, desde o momento em que o Filho de Deus se fez Filho do homem, Deus deixou de ser inacessível e inatingível.
   Em Jesus, sacramento de encontro com Deus, o homem entrou, definitivamente, em comunhão de pensamento e de vida com o Pai.
"Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vai ao Pai senão por Mim. Se Me conhecêsseis, conheceríeis também Meu Pai. Agora ficais a conhecê-lo e já o vistes".(Evangelho)
    Esta comunhão com Deus é possível, mesmo neste tempo que decorre entre a partida de Jesus e a Sua vinda final. Cristo é o Caminho, enquanto viveu na sua pessoa a transfiguração da humanidade fiel na glória de Deus e comunica essa experiência aos seus irmãos. É a casa de Deus, porque nele e com ele a humanidade encontra o Pai e vive da sua vida. Só Cristo, a cujas mãos o Pai confiou todas as coisas, pode comunicar a Vida, que é o conhecimento, cheio de amor de Deus.
   Cristo é a Verdade plena e profunda de todas as religiões, das suas doutrinas, dos seus ritos e dos seus comportamentos, na medida em que constituem uma busca sincera de Deus. Se Cristo é o único caminho que leva à casa do Pai, a Igreja em marcha participa do mesmo mistério; realiza no tempo a “passagem” ao Pai, que o Senhor Jesus cumpriu na sua páscoa de sofrimento e de glória.
   Ela não é a casa definitiva, mas apenas a tenda de reunião, o ponto de referência que não deve, com escleroses ideológicas ou discriminações práticas, impedir aos homens o diálogo de salvação com Aquele que é caminho, verdade e vida. Porque sobre ele, como pedra fundamental está fundada a Igreja, uma pedra que é segurança para quem nela se ancora, mas que acaba constituindo um tropeço para quem não crê.
   Cristo é o “sinal de contradição” para muitos, enquanto para nós é o novo Sinai, a rocha em torna da qual a nossa assembleia sela a Nova Aliança com Deus. A figura de Cristo hoje impressiona e seduz muitos homens do nosso tempo, especialmente os jovens, por tudo o que de humano transmite, pelo seu amor aos pobres, pela sua coerência, pela sua tomada de posição levada até à morte, contra as pretensões do poder.
   Mas há o risco de que esse Cristo seja visto em perspectiva simplesmente humana, deixando para o segundo plano ou mesmo recusando a sua divindade. Por isso, a fé na divindade de Jesus Cristo seja particularmente defendida e corroborada no nosso tempo.
   Cristo não é apenas um homem nem mesmo um homem de proporções gigantescas. De que me serve um Deus despojado da sua divindade, da sua grandeza, do seu poder e reduzido apenas à minha própria humnanidade ? Já tivemos muitos homens “grandes”, que conseguiram até certo ponto influenciar o espírito humano e modificá-lo.
   Mas todos, uns mais outros menos, apresentaram as suas limitações ideológicas e existenciais, teóricas e práticas. Com efeito na Igreja de Jesus foi-nos preparada uma morada, na qual temos acesso permanente ao Pai, num único Espírito, e pela qual nos encontramos em bom caminho no plano da História da Salvação.

Fonte: http://www.catequistabrunovelasco.com/evangelho_comentado_196.html


Equipe de Coordenação Litúrgica

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