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•Reunião da Pastoral Liturgica todo 1º Sábado do Mês • Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

22º Domingo do Tempo Comum - 28/08/2011

Primeira leitura (Jeremias 20,7-9)

Leitura do Livro do profeta Jeremias:

7Seduziste-me, Senhor, e deixei-me seduzir; foste mais forte, tiveste mais poder. Tornei-me alvo de irrisão o dia inteiro, todos zombam de mim.
8Todas as vezes que falo, levanto a voz, clamando contra a maldade e invocando calamidades; a palavra do Senhor tornou-se para mim fonte de vergonha e de chacota o dia inteiro.
9Disse comigo: “Não quero mais lembrar-me disso nem falar mais em nome dele”. Senti, então, dentro de mim um fogo ardente a penetrar-me o corpo todo; desfaleci, sem forças para suportar.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.  

Segunda leitura (Romanos 12,1-2)

Leitura da Carta de São Paulo aos Romanos:

1Pela misericórdia de Deus, eu vos exorto, irmãos, a vos oferecerdes em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus: este é o vosso culto espiritual.
2Não vos conformeis com o mundo, mas transformai-vos, renovando vossa maneira de pensar e de julgar, para que possais distinguir o que é da vontade de Deus, isto é, o que é bom, o que lhe agrada, o que é perfeito.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Salmo (Salmos 62)

— A minh’alma tem sede de vós/ como a terra sedenta, ó meu Deus!
— A minh’alma tem sede de vós/ como a terra sedenta, ó meu Deus!

— Sois vós, ó Senhor, o meu Deus!/ Desde a aurora ansioso vos busco!/ A minh’alma tem sede de vós,/ minha carne também vos deseja,/ como terra sedenta e sem água!
— Venho, assim, contemplar-vos no templo,/ para ver vossa glória e poder./ Vosso amor vale mais do que a vida;/ e por isso meus lábios vos louvam.
— Quero, pois, vos louvar pela vida,/ e elevar para vós minhas mãos!/ A minh’alma será saciada,/ como em grande banquete de festa;/ cantará a alegria em meus lábios,/ ao cantar para vós meu louvor!
— Para mim fostes sempre um socorro;/ de vossas asas à sombra eu exulto!/ Minha alma se agarra em vós;/ com poder vossa mão me sustenta.

Sugestões de Melodias:



Evangelho (Mateus 16,21-27)
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor!

Naquele tempo, 21Jesus começou a mostrar a seus discípulos que devia ir a Jerusalém e sofrer muito da parte dos anciãos, dos sumos sacerdotes e dos mestres da Lei, e que devia ser morto e ressuscitar no terceiro dia.
22Então Pedro tomou Jesus à parte e começou a repreendê-lo, dizendo: “Deus não permita tal coisa, Senhor! Que isso nunca te aconteça!”
23Jesus, porém, voltou-se para Pedro e disse: “Vai para longe, Satanás! Tu és para mim uma pedra de tropeço, porque não pensas as coisas de Deus, mas sim as coisas dos homens!”
24Então Jesus disse aos discípulos: “Se alguém quer me seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e me siga. 25Pois, quem quiser salvar a sua vida vai perdê-la; e quem perder a sua vida por causa de mim, vai encontrá-la.
26De fato, que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro, mas perder a sua vida? O que poderá alguém dar em troca de sua vida? 27Porque o Filho do Homem virá na glória do seu Pai, com os seus anjos, e então retribuirá a cada um de acordo com sua conduta”.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Refletindo sobre a Palavra

   A Liturgia da palavra deste 22º Domingo Comum - A, é um renovado convite a cada um de nós para tomarmos a nossa Cruz. Todo o empreendimento humano, de grande ou pequeno vulto, supõe habitualmente, uma entrega e uma doação totais. Só assim o homem consegue alguma coisa de útil e importante na sua vida. Ao aceitar a Palavra de Deus, o homem, no íntimo mais profundo do seu ser, estabeleceu uma aliança com uma Pessoa – Jesus Cristo – e não com uma ideologia. O preço da fidelidade a esta aliança é a renúncia de si mesmo. "Quem quer ganhar a vida perdê-la-á"
   A Lei de Deus, transmitida aos homens, faculta a escolha livre e consciente do caminho a seguir. Não subjuga, liberta, ajudando a discernir o que é essencial do que é acidental, revelando a vontade do Pai e dando a conhecer a Pessoa do Filho – Jesus Cristo – com Quem nos comprometemos.
   A 1ª Leitura, do Livro do profeta Jeremias, diz-nos que o profeta Jeremias é acusado de sedutor, ou de "profeta de desgraças" por anunciar ao povo o ruir de infundadas esperanças do rei e seus conselheiros Segundo o profeta, o povo não resistiria ao forte poderio da Babilónia. Queira o rei ou não, a palavra cumprir-se-á, pois é a voz de Deus, é a verdade. - “Em todo o tempo sou objecto de escárnio, toda a gente faz troça de mim. Pois sempre que falo, eu tenho de bradar e proclamar 
"Violência e ruína." (1ª Leitura)
   Nós podemos ver como o profeta Jeremias faz as suas confissões amarguradas e dolorosas, por causa da hostilidade que ele encontra no exercício do seu ministério, e sente-se profundamente abalado ao anunciar a triste mensagem. É essa a sua cruz. Havia no seu peito um fogo ardente. Ele esgotava-se para o dominar e não conseguia. Cristo caiu três vezes com a Sua cruz, mas sempre se levantou. Quantas vezes não caímos nós? Com Jeremias também nós temos que proclamar como o Salmo Responsorial :
“A minha alma tem sede de Vós, meu Deus!” (Salmo)
   Na 2ª Leitura, S. Paulo diz aos Romanos e hoje também a todos os cristãos que a Eucaristia é para o cristão, o único sacrifício ao qual se junta o da própria vida empenhada na procura e realização da vontade de Deus. 
"Recomendo-vos, pela misericórdia de Deus, que vos ofereçais a vós próprios como vítima viva, santa, agradável a Deus. Tal é o culto do espírito que deveis prestar." (2ª leitura)
   Nem sempre é possível, porém, descobrir a vontade de Deus sem que primeiro se proceda a uma renovação na maneira de proceder : - «Transformai-vos pela renovação da vossa mente, para avaliardes qual seja a vontade de Deus – o que é bom, o que Lhe é agradável, o que é perfeito». Nisto consiste o Levar a nossa cruz.
   O Evangelho é de S. Mateus e diz-nos que os discípulos de Jesus, apesar de já O terem reconhecido como Messias, nem por isso se libertam duma falsa ideia segundo a qual Ele havia de triunfar de todos os obstáculos e livrar o povo não só do pecado mas também, o que era muito importante para eles, da ocupação romana. Jesus claramente se opõe a esta mentalidade, anunciando os Seus sofrimentos e morte próxima :
"Se alguém Me quiser seguir, renegue-se a si mesmo, pegue na sua cruz e siga-Me." (Evangelho)
   A renúncia à própria vida e o sofrimento, porém, não são vistos pelo Evangelho como uma necessidade à qual nos resignamos nem como uma heróica mas desesperada oblação à morte. São consideradas, antes, como o caminho para pôr em relevo o profundo valor do ser humano.
   As palavras de Jesus colocam-nos diante de dois modos diferentes de conceber a vida : um, que raciocina segundo a “carne e o sangue”, e outro que vê as coisas e os acontecimentos com os olhos de Deus.
   Há quem espere a salvação do sucesso terreno, das coisas, de,”ganhar o mundo inteiro”, e, portanto, organize a sua vida e as suas actividades neste sentido. E há quem espere a salvação das mãos de Deus e a ele se entregue totalmente, vivendo na fidelidade à sua palavra e ao seu chamamento, embora aos olhos do mundo esteja a “perder a sua vida” e a caminhar para o fracasso. As duas mentalidades não dividem os homens em duas categorias opostas; podem conviver dentro da mesma pessoa.
   Em Pedro, por exemplo, que está pronto para confessar que Jesus é o Messias e Filho de Deus vivo, e que, imediatamente depois é apontado como “satanás” porque procura afastar Jesus da sua missão e da vontade de Deus.
   Há também um outro modo de trair a palavra de Jesus, que é o de aceitá-lo no plano meramente teórico ou de afirmação verbal e depois desmenti-la na prática da vida. Quantas vezes ouvimos e repetimos sem hesitação as tão exigentes e comprometedoras afirmações de Jesus : “Se alguém quer vir após mim, tome a sua cruz...Quem quer salvar a sua vida perdê-la-á...De que serve ganhar o mundo inteiro?...”
   Às explosivas afirmações evangélicas, opomos continuamente as barreiras do nosso comodismo e da nossa falta de vontade de nos convertermos, esvaziamo-las da sua realidade e reduzimo-las a slogans, a maneiras de falar paradoxais e sem qualquer sentido prático. Seguir a Cristo é renunciar a si mesmo, e essa renúncia nos levará ao cumprimento do plano da História da Salvação.                              

Fonte: http://www.catequistabrunovelasco.com/evangelho_comentado_196.html

Equipe de Coordenação Litúrgica

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