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•Reunião da Pastoral Liturgica todo 1º Sábado do Mês • Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!

terça-feira, 13 de setembro de 2011

24º Domingo do Tempo Comum - 11/09/2011

Primeira leitura (Eclesiástico 27,33—28,9)

Leitura do Livro do Eclesiástico:

33O rancor e a raiva são coisas detestáveis; até o pecador procura dominá-las.
28,1Quem se vingar encontrará a vingança do Senhor, que pedirá severas contas dos seus pecados.
2Perdoa a injustiça cometida por teu próximo; assim, quando orares, teus pecados serão perdoados.
3Se alguém guarda raiva contra o outro, como poderá pedir a Deus a cura? 4Se não tem compaixão do seu semelhante, como poderá pedir perdão dos seus pecados? 5Se ele, que é um mortal, guarda rancor, quem é que vai alcançar perdão para seus pecados?
6Lembra-te do teu fim e deixa de odiar; 7pensa na destruição e na morte, e persevera nos mandamentos.
8Pensa nos mandamentos, e não guardes rancor ao teu próximo.
9Pensa na aliança do Altíssimo, e não leves em conta a falta alheia!

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.


Salmo (Salmos 102)

— O Senhor é bondoso, compassivo e carinhoso.
— O Senhor é bondoso, compassivo e carinhoso.

— Bendize, ó minha alma, ao Senhor,/ e todo o meu ser, seu santo nome! Bendize, ó minha alma, ao Senhor,/ não te esqueças de nenhum de seus favores!
— Pois ele te perdoa toda culpa,/ e cura toda a tua enfermidade;/ da sepultura ele salva a tua vida/ e te cerca de carinho e compaixão.
— Não fica sempre repetindo as suas queixas,/ nem guarda eternamente o seu rancor./ Não nos trata como exigem nossas faltas,/ nem nos pune em proporção às nossas culpas.
— Quanto os céus por sobre a terra se elevam,/ tanto é grande o seu amor aos que o temem;/ quanto dista o nascente do poente,/ tanto afasta para longe nossos crimes.


Sugestões de Melodias:



Segunda leitura (Romanos 14,7-9)

Leitura da Carta de São Paulo aos Romanos:

Irmãos: 7Ninguém dentre vós vive para si mesmo ou morre para si mesmo.
8Se estamos vivos, é para o Senhor que vivemos; se morremos, é para o Senhor que morremos. Portanto, vivos ou mortos, pertencemos ao Senhor.
9Cristo morreu e ressuscitou exatamente para isto: para ser o Senhor dos mortos e dos vivos.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus. 

Evangelho (Mateus 18,21-35)

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor!

Naquele tempo, 21Pedro aproximou-se de Jesus e perguntou: “Senhor, quantas vezes devo perdoar, se meu irmão pecar contra mim? Até sete vezes?”
22Jesus respondeu: “Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete. 23Porque o Reino dos Céus é como um rei que resolveu acertar as contas com seus empregados.
24Quando começou o acerto, levaram-lhe um que devia uma enorme fortuna. 25Como o empregado não tivesse com que pagar, o patrão mandou que fosse vendido como escravo, junto com a mulher e os filhos e tudo o que possuía, para que pagasse a dívida.
26O empregado, porém, caiu aos pés do patrão e, prostrado, suplicava: ‘Dá-me um prazo, e eu te pagarei tudo!’ 27Diante disso, o patrão teve compaixão, soltou o empregado e perdoou-lhe a dívida.
28Ao sair dali, aquele empregado encontrou um de seus companheiros que lhe devia apenas cem moedas. Ele o agarrou e começou a sufocá-lo, dizendo: ‘Paga o que me deves’.
29O companheiro, caindo aos seus pés, suplicava: ‘Dá-me um prazo, e eu te pagarei!’ 30Mas o empregado não quis saber disso. Saiu e mandou jogá-lo na prisão, até que pagasse o que devia.
31Vendo o que havia acontecido, os outros empregados ficaram muito tristes, procuraram o patrão e lhe contaram tudo.
32Então o patrão mandou chamá-lo e lhe disse: ‘Empregado perverso, eu te perdoei toda a tua dívida, porque tu me suplicaste. 33Não devias tu também ter compaixão do teu companheiro, como eu tive compaixão de ti?’
34O patrão indignou-se e mandou entregar aquele empregado aos torturadores, até que pagasse toda a sua dívida.
35É assim que o meu Pai que está nos céus fará convosco, se cada um não perdoar de coração ao seu irmão”.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor. 

Refletindo sobre a Palavra

A Liturgia da Palavra deste 24º Domingo Comum – A, na continuação do pensamento da semana anterior, aponta para o Mistério do Perdão, para o poder de perdoar e para a medida do perdão. O Judaísmo conhecia o dever do perdão das ofensas, mastratava-se de uma conquista recente, que só se conseguia impor mediante a lista das tarifas precisas. A mesquinhez humana procura sempre uma medida, uma norma que lhe dê satisfação. 
Perdoar, sim, mas quantas vezes ? Os rabinos, para acentuar a liberalidade de Deus, diziam que ele perdoa três vezes; as escolas rabínicas exigiam que seus discípulos perdoassem certo número de vezes à mulher, aos filhos, aos irmãos, etc., e esta lista variava de escola para escola.
Daí a pergunta de Pedro : "Quantas vezes devo perdoar ao irmão que pecar contra mim?"
A libertação do pecado flui, naturalmente, do arrependimento, a que se segue o perdão. Só perdoando, o homem é perdoado. 
A 1ª Leitura é do Livro de Ben-Sirá (Eclesiástico) e diz-nos que a primeira lei era clara : «olho por olho, dente por dente». Muitas foram, depois disso, as palavras da Sagrada Escritura, não já em defesa do ódio e da vingança, mas pelo contrário, em defesa do amor e do perdão, como estas : «Perdoai-nos, Senhor, como nós perdoamos. Não julgues para não seres julgado».
"O rancor e a ira são coisas detestáveis, e o pecador é forte nelas. Quem vinga, incorrerá no castigo do Senhor : Ele há-de avaliar severamente os seus pecados." (1ª Leitura)
Foi isto o que Jesus veio depois ensinar contra a lei de Talião, de olho por olho e dente por dente. O Senhor fez-nos um só povo, filhos do mesmo Pai, e quere-nos a viver o amor fraternal em todas as dimensões, porque é um Senhor misericordioso, como proclama o Salmo Responsorial :

"O Senhor é clemente e compassivo, cheio de misericórdia para todos." (Salmo)

Na 2ª Leitura, S. Paulo diz aos Romanos, e hoje também a todos os homens, que nós não somos senhores de nós mesmos. A vida e a morte só a Deus pertencem.
Nenhum de nós vive para si mesmo. E nenhum de nós morre para si mesmo. Se vivemos, vivemos para o Senhor, e se morremos, morremos para o Senhor."(2ª Leitura)
Só n’Ele, a existência, o sofrimento, as alegrias e as tristezas do homem, encontram sentido. Ele é assim, para nós, mestre no pensamento, modelo de acção criadora e renovadora, e termo de esperança para além da morte.
O Evangelho é de S. Mateus e diz-nos que o perdão não tem limites. "Quantas vezes devo perdoar? Setenta vezes sete", isto é, sempre.
"Se meu irmão me ofender, várias vezes, quantas deverei perdoar-lhe ? Irei até sete vezes? Respondeu-lhe Jesus : Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete." (Evangelho)
Só na reciprocidade do perdão total e libertação completa, se evita que o oprimido se transforme em opressor Posto frente-a-frente com Deus, o homem é servo, e se não souber perdoar será entregue aos verdugos. Assim vos há-de fazer também Meu Pai celeste, se cada um de vós não perdoar a seu irmão do íntimo do coração.
O perdão das ofensas e o amor aos inimigos constituem uma das características mais evidentes e a maior novidade da moral evangélica. Mas, como acontece frequentemente, quanto maior é a exigência, e mais elevada é a meta indicada, tanto mais mesquinha e pobre se manifesta a sua realização na vida prática.
Qual a influência da doutrina evangélica sobre o perdão das ofensas na vida e no comportamento prático dos cristãos ? Deve-se dizer que muitos cristãos, no decorrer da história da Igreja, têm tomado a sério a palavra de Jesus, e a hagiografia cristã está cheia de exemplos sublimes de amor e de gestos heróicos de perdão e de reconciliação.
Se hoje se fala, cada vez com mais frequência, de paz, de desarmamento, de solução pacífica das controvérsias internacionais, da cooperação mútua e do auxílio aos povos em via de desenvolvimento...temos de reconhecer que muitos cristãos têm contribuído para a difusão e a maturação dessas ideias do cristianismo.
O Evangelho teve uma importância capital na educação dos povos do Ocidente, e muitas ideias, muitas instâncias e muitos estímulos positivos alimentados por sistemas que combatem o cristianismo, nasceram de uma cultura originaramente cristã e fortemente marcada pelo espírito evangélico.
Mas a história dos povos, mesmo a dos cristãos, está cheia de testemunhos negativos, como : guerras, discórdias, morticínios, vinganças, injustiças, conflitos de religião e imposições nas conquistas coloniais; e hoje também o imperialismo económico, a exploração do Terceiro Mundo, a indústria das armas, das drogas e dos paliativos sexuais, os genocídios e o terrorismo mais crulel, absurdo e mortal a vários níveis.
A responsabilidade dos cristãos perante o Evangelho e perante os irmãos ainda não iluminados pela luz da fé, é enorme. Os contratestemunhos desmentem, no plano dos factos, todo o esforço de evangelização e comprometem a credibilidade do próprio Evangelho.
A iniciativa de reconciliação vem de Deus, e a Igreja e os cristãos devem ser os construtores da paz no mundo; devem criar um clima de reconciliação, de perdão, de encontro e de fraternidade em todos os sectores e a todos os níveis, desde o internacional até às pequenas relações de vizinhança e trabalho, entre os esposos, entre os filhos, entre os empregados e os patrões e entre os pobres e os cricos.
Não há relação humana, por maior que seja, que não possa melhorar pela reconciliação e pelo perdão. A curva ascendente da violência é uma apelo ao amor cristão, do qual o perdão é um momento importante. Só com o amor é possível formar uma comunidade autêntica entre os homens.
O Senhor levou ao extremo o seu perdão que nos libertou em Jesus Cristo, no cumprimento do plano da História da Salvação.
Fonte: http://www.catequistabrunovelasco.com/evangelho_comentado_196.html

Equipe de Coordenação Litúrgica

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