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•Reunião da Pastoral Liturgica todo 1º Sábado do Mês • Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!

quinta-feira, 14 de julho de 2011

16º Domingo Comum - 17/07/2011

Primeira leitura (Sabedoria 12,13.16-19)

Leitura do Livro da Sabedoria:

13Não há, além de ti, outro Deus que cuide de todas as coisas e a quem devas mostrar que teu julgamento não foi injusto.
16A tua força é o princípio da tua justiça, e o teu domínio sobre todos te faz para com todos indulgente.
17Mostras a tua força a quem não crê na perfeição do teu poder; e, nos que te conhecem, castigas o seu atrevimento.
18No entanto, dominando tua própria força, julgas com clemência e nos governas com grande consideração; pois, quando quiseres, está ao teu alcance fazer uso do teu poder.
19Assim procedendo, ensinaste ao teu povo que o justo deve ser humano; e a teus filhos deste a confortadora esperança de que concedes o perdão aos pecadores.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Salmo (Salmos 85)

— Ó Senhor, vós sois bom, sois clemente e fiel!
— Ó Senhor, vós sois bom, sois clemente e fiel!

— Ó Senhor, vós sois bom e clemente,/ sois perdão para quem vos invoca./ Escutai, ó Senhor, minha prece,/ o lamento da minha oração.
— As nações que criastes virão/ adorar e louvar vosso nome./ Sois tão grande e fazeis maravilhas;/ vós somente sois Deus e Senhor!
— Vós, porém, sois clemente e fiel,/ sois amor, paciência e perdão./ Tende pena e olhai para mim!/ Confirmai com vigor vosso servo.

Sugestão de Melodia:



Segunda leitura (Romanos 8,26-27)

Leitura da Carta de São Paulo aos Romanos:

Irmãos: 26O Espírito vem em socorro da nossa fraqueza. Pois nós não sabemos o que pedir, nem como pedir; é o próprio Espírito que intercede em nosso favor, com gemidos inefáveis.
27E aquele que penetra o íntimo dos corações sabe qual é a intenção do Espírito. Pois é sempre segundo Deus que o Espírito intercede em favor dos santos.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Evangelho (Mateus 13,24-43) 

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor!

Naquele tempo: 24Jesus contou outra parábola à multidão: “O Reino dos Céus é como um homem que semeou boa semente no seu campo.
25Enquanto todos dormiam, veio seu inimigo, semeou joio no meio do trigo, e foi embora.
26Quando o trigo cresceu e as espigas começaram a se formar, apareceu também o joio.
27Os empregados foram procurar o dono e lhe disseram: ‘Senhor, não semeaste boa semente no teu campo? Donde veio então o joio?’
28O dono respondeu: ‘Foi algum inimigo que fez isso’. Os empregados lhe perguntaram: ‘Queres que vamos arrancar o joio?’
29O dono respondeu: ‘Não! Pode acontecer que, arrancando o joio, arranqueis também o trigo. 30Deixai crescer um e outro até a colheita! E, no tempo da colheita, direi aos que cortam o trigo: arrancai primeiro o joio e amarrai-o em feixes para ser queimado. Recolhei, porém, o trigo no meu celeiro!”
31Jesus contou-lhes outra parábola: “O Reino dos Céus é como uma semente de mostarda que um homem pega e semeia no seu campo. 32Embora ela seja a menor de todas as sementes, quando cresce, fica maior do que as outras plantas. E torna-se uma árvore, de modo que os pássaros vêm e fazem ninhos em seus ramos”.
33Jesus contou-lhes ainda outra parábola: “O Reino dos Céus é como o fermento que uma mulher pega e mistura com três porções de farinha, até que tudo fique fermentado”.
34Tudo isso Jesus falava em parábolas às multidões. Nada lhes falava sem usar parábolas, 35para se cumprir o que foi dito pelo profeta: “Abrirei a boca para falar em parábolas; vou proclamar coisas escondidas desde a criação do mundo”.
36Então Jesus deixou as multidões e foi para casa. Seus discípulos aproximaram-se dele e disseram: “Explica-nos a parábola do joio!”
37Jesus respondeu: “Aquele que semeia a boa semente é o Filho do Homem. 38O campo é o mundo. A boa semente são os que pertencem ao Reino. O joio são os que pertencem ao Maligno. 39O inimigo que semeou o joio é o diabo. A colheita é o fim dos tempos. Os ceifeiros são os anjos.
40Como o joio é recolhido e queimado ao fogo, assim também acontecerá no fim dos tempos: 41o Filho do Homem enviará seus anjos, e eles retirarão do seu Reino todos os que fazem outros pecar e os que praticam o mal; 42e depois os lançarão na fornalha de fogo. Aí haverá choro e ranger de dentes.
43Então os justos brilharão como o sol no Reino de seu Pai. Quem tem ouvidos, ouça”.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.


Refletindo sobre a Palavra
 
    A Liturgia da Palavra deste 16º Domingo Comum – A, em que nos são apresentadas várias Parábolas, aponta-nos para uma séria Reflexão sobre a virtude da Paciência, para saber esperar. A época em que vivemos, desenrola-se sob o signo das velocidades e da pressa, mais quantidade com menos qualidade.
   Estabelecermos uma paragem para pacientemente pensarmos nos nossos juízos de valor e critérios de apreciação é, não apenas útil, mas necessário. Nem sempre, da opção por uma ideologia filosófica, política ou religiosa, se poderá dizer que é um acto consciente e responsável do homem.
   Outro tanto se pode afirmar da facilidade e precipitação com que julgamos os actos dos nossos irmãos na fé. Impõe-se, pois, a cada um de nós, uma comparação entre os nossos critérios de julgamento e de acção e os de Cristo.
   A 1ª Leitura, do Livro da Sabedoria, diz-nos que o sábio medita na história e dela tira ensinamentos para o seu procedimento. Ao analizar as sucessivas manifestações de Deus ao seu povo facilmente se conclui que, enquanto o homem mostra a sua força e poderio, reprimindo e escravizando os seus adversários, Deus o faz, pacientemente, perdoando.
“Tendo embora o domínio da força, Vós julgais com brandura e nos governais com muita indulgência, pois, quando o quiserdes, o poder Vos assiste”(1ª Leitura)
    Como é que nós aceitamos aqueles que não pensam como nós, e como é que os tratamos? As nossas atitudes devem ser como as do Senhor, como as que são proclamadas no Salmo Responsorial :
“Vós, Senhor, sois clemente e bondoso.” (Salmo)
   Na 2ª Leitura S. Paulo diz-nos que a fraqueza humana nos vem da nossa incapacidade para querermos o que Deus quer ; vem do facto de pedirmos segundo a nossa vontade e não segundo a vontade do Pai.
“O Espírito Santo vem em auxílio da nossa fraqueza, pois não sabemos que pedir, para rezar como devemos; o próprio Espírito intercede por nós com gemidos que não podem descrever-se.”(2ª Leitura)
   Pedir é, essencialmente, deixarmo-nos invadir pelo Espírito de Cristo, tanto nas necessidades actuais como nos projectos futuros.
   O Evangelho é de S. Mateus, e diz-nos que muitas vezes ouvimos perguntar por que motivo Deus não implanta o Seu Reino em definitivo para acabar com o sofrimento.
   Por três vezes nos diz a que o Reino de Deus é semelhante, em três Parábolas, o joio, o grão de mostarda e o fermento, para nos dizer que todas as coisas levam o seu tempo e é preciso ter Paciência para esperar.
“O Reino de Deus é comparável: a um homem que semeou a semente(...) ; ao grão de mostarda(...); ao fermento que uma mulher tomou...(...). A boa semente são os filhos do Reino, o joio são os filhos do Maligno, e o inimigo que o semeou é o demónio.”(Evangelho)
    Somos tentados a querer uma Igreja de puros e imaculados, quando ela é de pecadores que devem pacientemente, sem desânimos, lutar pela santidade. De uma leitura superficial da Bíblia, especialmente dos Salmos, poder-se-ia talvez ficar com uma impressão de um Deus impaciente, com apelos de vingança frequentes...
   Mas as passagens mais importantes da Bíblia desfazem e desmentem essa impressão. Elias, cheio de zelo, compreende, por conta própria, que Deus não está no furacão ou no terramoto; está na brisa suave, no sopro do vento mais delicado
   Tiago e João são censurados por causa do seu desejo de fazer cair raios sobre os samaritanos que não acolhem Jesus. (Lc.9,51-55). A Escritura é o livro da paciência divina, que sempre adia o castigo do seu povo, os profetas falam da cólera de Deus; mas a cólera não é o último e definitivo momento de manifestação divina : o perdão sempre vence. Javé é rico em graça e fidelidade e sempre pronto a retirar as suas ameaças, quando Israel volta novamente ao caminho da conversão.
   Jesus inaugura o Reino dos “últimos tempos”, não como juiz que separa os bons dos maus, mas como pastor universal, vindo antes de tudo para os pecadores. Não exclui ninguém do Reino; todos são a ele chamados, todos podem entrar nele.
   Em todas as atitudes da sua vida Jesus encarna a paciência divina e nenhum pecado pode cortar irremediavelmente as pontes de comunicação com a força misericordiosa de Deus.
   A Igreja, Corpo de Cristo, tem por missão encarnar entre os homens a paciência de Jesus. O seu papel é revelar, no mundo, a verdadeira face do amor. Na terra o trigo está sempre misturado com o joio, e a linha de demarcação entre um e outro é uma tarefa de cada um de nós, está no coração e na consciência de cada homem, e a separação entre bons e maus só será feita depois da morte.
   Devemos lançar a boa semente da palavra evangelizadora e do bom exemplo de uma vida dedicada, e esperar que Deus lhe ponha a virtude para, a seu tempo, colhermos os bons frutos, dentro do plano da História da Salvação.
Fonte: http://www.catequistabrunovelasco.com/evangelho_comentado_196.html

Equipe de Coordenação Litúrgica

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