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•Reunião da Pastoral Liturgica todo 1º Sábado do Mês • Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!

terça-feira, 5 de julho de 2011

15º Domingo Comum - 10/07/2011

Primeira leitura (Isaías 55,10-11)

Leitura do Livro do profeta Isaías:

Isto diz o Senhor: 10“Assim como a chuva e a neve descem do céu e para lá não voltam mais, mas vêm irrigar e fecundar a terra, e fazê-la germinar e dar semente, para o plantio e para a alimentação, 11assim a palavra que sair de minha boca: não voltará para mim vazia; antes, realizará tudo que for de minha vontade e produzirá os efeitos que pretendi, ao enviá-la”.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Salmo (Salmos 64)

— A semente caiu em terra boa e deu fruto.
— A semente caiu em terra boa e deu fruto.

— Visitais a nossa terra com as chuvas,/ e transborda de fartura./ Rios de Deus que vêm do céu derramam águas,/ e preparais o nosso trigo.
— É assim que preparais a nossa terra:/ vós a regais e aplainais,/ os seus sulcos com a chuva amoleceis/ e abençoais as sementeiras.
— O ano todo coroais com vossos dons,/ os vossos passos são fecundos;/ transborda a fartura onde passais,/ brotam pastos no deserto.
— As colinas se enfeitam de alegria,/ e os campos, de rebanhos;/ nossos vales se revestem de trigais:/ tudo canta de alegria! 

Sugestão de Melodia:



Segunda leitura (Romanos 8,18-23)

Leitura da Carta de São Paulo aos Romanos:

Irmãos: 18Eu entendo que os sofrimentos do tempo presente nem merecem ser comparados com a glória que deve ser revelada em nós.
19De fato, toda a criação está esperando ansiosamente o momento de se revelarem os filhos de Deus. 20Pois a criação ficou sujeita à vaidade, não por sua livre vontade, mas por sua dependência daquele que a sujeitou; 21também ela espera ser libertada da escravidão da corrupção e, assim, participar da liberdade e da glória dos filhos de Deus.
22Com efeito, sabemos que toda a criação, até ao tempo presente, está gemendo como que em dores de parto. 23E não somente ela, mas nós também, que temos os primeiros frutos do Espírito, estamos interiormente gemendo, aguardando a adoção filial e a libertação para o nosso corpo.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus. 

Evangelho (Mateus 13,1-23)

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor!

1Naquele dia, Jesus saiu de casa e foi sentar-se às margens do mar da Galileia.
2Uma grande multidão reuniu-se em volta dele. Por isso, Jesus entrou numa barca e sentou-se, enquanto a multidão ficava de pé, na praia.
3E disse-lhes muitas coisas em parábolas: “O semeador saiu para semear.
4Enquanto semeava, algumas sementes caíram à beira do caminho, e os pássaros vieram e as comeram.
5Outras sementes caíram em terreno pedregoso, onde não havia muita terra. As sementes logo brotaram, porque a terra não era profunda. 6Mas, quando o sol apareceu, as plantas ficaram queimadas e secaram, porque não tinham raiz.
7Outras sementes caíram no meio dos espinhos. Os espinhos cresceram e sufocaram as plantas.
8Outras sementes, porém, caíram em terra boa, e produziram à base de cem, de sessenta e de trinta frutos por semente. 9Quem tem ouvidos, ouça!”
10Os discípulos aproximaram-se e disseram a Jesus: “Por que falas ao povo em parábolas?”
11Jesus respondeu: “Porque a vós foi dado o conhecimento dos mistérios do Reino dos Céus, mas a eles não é dado. 12Pois à pessoa que tem será dado ainda mais, e terá em abundância; mas à pessoa que não tem será tirado até o pouco que tem.
13É por isso que eu lhes falo em parábolas: porque olhando, eles não vêem, e ouvindo, eles não escutam, nem compreendem. 14Desse modo se cumpre neles a profecia de Isaías: ‘Havereis de ouvir, sem nada entender. Havereis de olhar, sem nada ver. 15Porque o coração deste povo se tornou insensível. Eles ouviram com má vontade e fecharam seus olhos, para não ver com os olhos, nem ouvir com os ouvidos, nem compreender com o coração, de modo que se convertam e eu os cure’.
16Felizes sois vós, porque vossos olhos veem e vossos ouvidos ouvem. 17Em verdade vos digo, muitos profetas e justos desejaram ver o que vedes, e não viram, desejaram ouvir o que ouvis, e não ouviram.
18Ouvi, portanto, a parábola do semeador:
19Todo aquele que ouve a palavra do Reino e não a compreende, vem o Maligno e rouba o que foi semeado em seu coração. Este é o que foi semeado à beira do caminho.
20A semente que caiu em terreno pedregoso é aquele que ouve a palavra e logo a recebe com alegria; 21mas ele não tem raiz em si mesmo, é de momento; quando chega o sofrimento ou a perseguição, por causa da palavra, ele desiste logo.
22A semente que caiu no meio dos espinhos é aquele que ouve a palavra, mas as preocupações do mundo e a ilusão da riqueza sufocam a palavra, e ele não dá fruto.
23A semente que caiu em terra boa é aquele que ouve a palavra e a compreende. Esse produz fruto. Um dá cem, outro sessenta e outro trinta”.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.


Refletindo sobre a Palavra


   A voz de Deus manifesta-se nos mais insignificantes acontecimentos do dia-a-dia. Todas as coisas são a imagem de Deus, ainda que de maneira imperfeita, mas real. Em todas elas é Cristo que opera e nelas Se comunica.
   Interroguemo-nos, pois, seriamente sobre a atenção que nos tem merecido a voz de Deus, muito particularmente, quando Ele nos fala na Liturgia da Palavra de cada Domingo, e como ela nos interpela para a vida.
   A 1ª Leitura, do Livro do profeta Isaías, diz-nos que a Palavra de Deus é comparada à chuva que cai e fertiliza a terra. A água da chuva só depois de ter regado a terra volta a evaporar-se.
"A chuva e a neve, ao descerem do céu, não voltam para lá sem terem regado a terra, sem a haverem fecundado e feito produzir, até que dê a semente aos semeador e o pão a quem come." (1ª leitura)
   Assim a Palavra de Deus, só depois de ter cumprido a sua missão, voltará à sua origem – o Pai. E a missão da Palavra é fazer desabrochar e crescer um povo novo, uma sociedade nova. Se a justiça, a paz e a fraternidade – frutos da Palavra – demoram a estabelecer-se, nem por isso a nossa confiança em Deus se deve sentir abalada ou diminuída, mas hão-de frutificar como proclama o Salmo Responsorial :
“A semente caiu na boa terra, e deu muito fruto”. (Salmo)
   Na 2ª Leitura, S. Paulo diz aos Romanos, e hoje também a todos os cristãos, que o Cristianismo tem do mundo uma visão profundamente optimista. Todas as tragédias e vicissitudes por que a humanidade tem passado são comparadas às dores do parto. Delas nascerá um mundo melhor, um mundo cada vez mais perfeito.
"Penso que os sofrimentos do tempo actual não têm comparação com a glória que há-de manifestar-se em nós. Na verdade, as criaturas esperam ansiosamente a revelação dos filhos de Deus." (2ª Leitura)
   Este mundo não tem nada de utópico. É este mesmo mundo em que vivemos e que, como cristãos, temos obrigação de transformar.
   O Evangelho é de S. Mateus e apresenta-nos a Parábola do Semeador para nos apontar o verdadeiro caminho e nos dizer que a proclamação do Evangelho, feita embora com parábolas, não deixa, todavia, de apontar o verdadeiro caminho.
"O semeador saiu, para semear...(...).O que recebeu a semente em boa terra é aquele que ouve a palavra e a entende. Esse é que produz ora cem sementes, ora sessenta, ora trinta." (Evangelho)
    Há muitas formas de ouvir a Palavra, porém, uma só é capaz de transformar a nossa vida. A semente da Mensagem Cristã é lançada para o meio dos homens. Deles depende o trabalho da Semeadura para que Deus nos dê a frutificação, isto é, o aparecimento do Novo Mundo.
   Nós também somos semeadores, encarregados de difundir a Mensagem da Palavra de Deus, que chega até nós pelas Sagradas Escrituras, e que o Magistério da Igreja nos encarrega de semear no meio dos homens, a começar pela família e pelos amigos, pelos colegas de trabalho, por todos os meios ao nosso alcance.
   Hoje ainda, como no tempo de Jesus, é a palavra que convoca e reúne a Igreja, em torno do Pai, e é no aprofundamento da palavra que os cristãos tomam consciência de serem família de Deus, seu novo povo de homens salvos.
   É também a atitude perante a palavra (indiferença, recusa, desprezo, acolhimento), que define a nossa posição no Reino de Deus. A atitude de não-escuta ou de rejeição da palavra de Deus no tempo de Jesus, corresponde em nossos dias à de indiferença e incompreensão por parte do homem moderno. Às vezes, os pastores, os pregadores e os missionários de hoje dão a impressão de estarem a falar uma linguagem desconhecida, um idioma estrangeiro.
   Os próprios cristãos têm a sensação de que há uma espécie de dissociação entre a sua vida de cada dia e a palavra que lhes é anunciada na assembleia eucarística; uma palavra que parece demasiado ligada a outros tempos, porque estática e sem impacto sobre a vida real moderna.
   Será a Palavra de Deus que está a ser questionada, ou será o mundo e o homem moderno que ainda não conseguiram sintonizar essa palavra ?
   No decorrer dos séculos do cristianismo, a teologia da palavra pôs a tónica quase exclusivamente na proclamação da palavra.
   A palavra era objecto de uma pregação : um “dado” que deve ser fielmente entregue, transmitido como um depósito precioso.
   A vida do cristão, a sua experiência quotidiana só era vista como um terreno em que a palavra era posta em prática. E experiência, a vida e a existência concreta não eram vistas como transmissoras, nem como reveladoras de novos aspectos e significados da palavra. Deus só falava quando a palavra era proclamada, quando as Escrituras eram lidas e comentadas. Mas hoje, a mensagem da palavra deve iluminar a existência. Só assim a palavra é verdadeiramente anunciada, porque só assim incide profundamente na experiência do homem de hoje.

Fonte: http://www.catequistabrunovelasco.com/evangelho_comentado_196.html

Equipe de Coordenação Litúrgica

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