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•Reunião da Pastoral Liturgica todo 1º Sábado do Mês • Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

27º Domingo do Tempo Comum - 02/10/2011

Primeira leitura (Isaías 5,1-7)

Leitura do Livro do Profeta Isaías:

1Vou cantar para o meu amado o cântico da vinha de um amigo meu: Um amigo meu possuía uma vinha em fértil encosta. 2Cercou-a, limpou-a de pedras, plantou videiras escolhidas, edificou uma torre no meio e construiu um lagar; esperava que ela produzisse uvas boas, mas produziu uvas selvagens.
3Agora, habitantes de Jerusalém e cidadãos de Judá, julgai a minha situação e a de minha vinha. 4O que poderia eu ter feito a mais por minha vinha e não fiz? Eu contava com uvas de verdade, mas por que produziu ela uvas selvagens?
5Pois agora vou mostrar-vos o que farei com minha vinha: vou desmanchar a cerca, e ela será devastada; vou derrubar o muro, e ela será pisoteada. 6Vou deixá-la inculta e selvagem: ela não será podada nem lavrada, espinhos e sarças tomarão conta dela; não deixarei as nuvens derramar a chuva sobre ela.
7Pois bem, a vinha do Senhor dos exércitos é a casa de Israel, e o povo de Judá, sua dileta plantação; eu esperava deles frutos de justiça — e eis injustiça; esperava obras de bondade — e eis a iniquidade.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Salmo (Salmos 79)

— A vinha do Senhor é a casa de Israel.
— A vinha do Senhor é a casa de Israel.

— Arrancastes do Egito esta videira,/ e expulsastes as nações para plantá-la;/ até o mar se estenderam seus sarmentos,/ até o rio os seus rebentos se espalharam.
— Por que razão vós destruístes sua cerca,/ para que todos os passantes a vindimem,/ o javali da mata virgem a devaste,/ e os animais do descampado nela pastem?
— Voltai-vos para nós, Deus do universo!/ Olhai dos altos céus e observai./ Visitai a vossa vinha e protegei-a!
— Foi a vossa mão direita que a plantou;/ protegei-a, e ao rebento que firmastes!
— E nunca mais vos deixaremos, Senhor Deus!/ Dai-nos vida, e louvaremos vosso nome!/ Convertei-nos, ó Senhor Deus do universo,/ e sobre nós iluminai a vossa face!/ Se voltardes para nós, seremos salvos!

Sugestões de Melodia


Segunda leitura (Filipenses 4,6-9)

Leitura da Carta de São Paulo aos Filipenses:

Irmãos: 6Não vos inquieteis com coisa alguma, mas apresentai as vossas necessidades a Deus, em orações e súplicas, acompanhadas de ação de graças. 7E a paz de Deus, que ultrapassa todo o entendimento, guardará os vossos corações e pensamentos em Cristo Jesus.
8Quanto ao mais, irmãos, ocupai-vos com tudo o que é verdadeiro, respeitável, justo, puro, amável, honroso, tudo o que é virtude ou de qualquer modo mereça louvor.
9Praticai o que aprendestes e recebestes de mim, ou que de mim vistes e ouvistes. Assim, o Deus da paz estará convosco.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus. 

Evangelho (Mateus 21,33-43)
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor!

Naquele tempo, Jesus disse aos sumos sacerdotes e aos anciãos do povo: 33“Escutai esta outra parábola: Certo proprietário plantou uma vinha, pôs uma cerca em volta, fez nela um lagar para esmagar as uvas, e construiu uma torre de guarda. Depois, arrendou-a a vinhateiros, e viajou para o estrangeiro.
34Quando chegou o tempo da colheita, o proprietário mandou seus empregados aos vinhateiros para receber seus frutos. 35Os vinhateiros, porém, agarraram os empregados, espancaram a um, mataram a outro, e ao terceiro apedrejaram.
36O proprietário mandou de novo outros empregados, em maior número do que os primeiros. Mas eles os trataram da mesma forma.
37Finalmente, o proprietário enviou-lhes o seu filho, pensando: ‘Ao meu filho eles vão respeitar’.
38Os vinhateiros, porém, ao verem o filho, disseram entre si: ‘Este é o herdeiro. Vinde, vamos matá-lo e tomar posse da sua herança!’ 39Então agarraram o filho, jogaram-no para fora da vinha e o mataram.
40Pois bem, quando o dono da vinha voltar, o que fará com esses vinhateiros?”
41Os sumos sacerdotes e os anciãos do povo responderam: “Com certeza mandará matar de modo violento esses perversos e arrendará a vinha a outros vinhateiros, que lhe entregarão os frutos no tempo certo”.
42Então Jesus lhes disse: “Vós nunca lestes nas Escrituras: ‘A pedra que os construtores rejeitaram tornou-se a pedra angular; isto foi feito pelo Senhor e é maravilhoso aos nossos olhos?’
43Por isso, eu vos digo: o Reino de Deus vos será tirado e será entregue a um povo que produzirá frutos”.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Refletindo sobre a Palavra

    A Liturgia da Palavra deste 27º Domingo Comum – A, evoca os Juízos de Deus sobre o Seu Povo, para nos fazer reflectir sobre os juízos dos homens entre si, no seio da Igreja. A vida humana, sendo de índole social e comunitária, é regulada por acordos e alianças, continuamente renovados, como renovados são os homens e as circunstâncias, momento a momento.
   A estruturação de organismos internacionais, de sindicatos de trabalhadores, etc., respondem a esta necessidade imperiosa da pessoa humana de, conjuntamente, zelar os seus interesses. Deus tomou a iniciativa de, também Ele, estabelecer uma aliança de amor com o homem, no trabalho da sua vinha, de que é a garantia máxima – Cristo – fazendo-Se um de nós.
   Ela convida-nos à construção de um novo mundo a partir de cada um, fiéis ao ensinamento da Igreja. Convida, portanto, o cristão a manter-se fiel ao pacto celebrado com Deus, aos acordos celebrados com os outros homens e, particularmente, à aliança realizada entre marido e mulher, no amor e na família.
   A 1ª Leitura, do Livro do profeta Isaías, diz que, utilizando uma linguagem simbólica, tão do agrado do povo, o Senhor, pela boca de Isaías, enumera os cuidados que dispensou à sua vinha. Esta vinha é o povo eleito. A ele enviou os Patriarcas, os Juízes, os Reis e os Profetas. Com ele estabeleceu uma aliança. Finalmente enviou seu Filho – Jesus Cristo – fundador da Igreja que somos nós.
“Que mais se podia fazer à minha vinha que Eu não lhe tivesse feito?” (1ª Leitura)
    Ele é a verdadeira vinha. A Ele devemos estar unidos como os ramos à cepa. Que imagem de Jesus Cristo reflectimos nós ? E o Salmo Responsorial, confirma :
“A vinha do Senhor é a Casa de Israel” (Salmo)
Na 2ª Leitura, S. Paulo dirige-se aos cristãos de Filipos, por causa de um problema que se levantara entre eles : - Se o cristianismo devia aproveitar os valores da civilização pagã greco-romana, ou se deveria criar uma moral nova e uma civilização exclusivamente cristãs. E S. Paulo responde claramente, dizendo que tudo quanto de bom e nobre existe naquela civilização, deve ser assumido pelo cristianismo, nomeadamente um perfeito sentido de justiça e a procura sincera da verdade, valores ali cultivados em alto grau.
“O que aprendestes, recebestes e vistes de mim e vistes em mim é o que deveis praticar.” (2ª Leitura)
    Como no tempo de Paulo, a Igreja, hoje, deve estar atenta aos valores desenvolvidos em ideologias, mesmo não cristãs, e aproveitar deles o que se ajustar plenamente com a Liturgia da Igreja.
   O Evangelho, é de S. Mateus e diz-nos que não foi difícil aos interlocutores de Jesus, identificarem a vinha de que Ele fala com o povo de Israel. Os responsáveis pelo povo, como os reis, os príncipes, os sumos sacerdotes e os próprios fariseus, a quem Jesus se dirige, identificam-se com os vinhateiros. Uns e outros se recusam a aceitar o Messias prometido e a comprometerem-se seriamente com a Sua mensagem. Por isso o Reino de Deus será dado depois a um outro povo diferente – o mundo pagão.
“O Reino de Deus ser-vos-á tirado e dado a um povo que produza os frutos.” (Evangelho)
    Cristo fundou assim a Sua Igreja aberta a todos os homens. O velho Simeão tinha previsto e anunciado que Jesus seria um “sinal de contradição” e que fora colocado ”para a queda e o ressurgimento de muitos”.(Lc.2,34).
   A parábola de hoje é uma interpretação desta profecia e o anúncio da páscoa de Jesus. O povo “eleito” rejeita Jesus como Messias, continuando a tradição de rejeitar os profetas, porque a mensagem deles não coincide com as suas expectativas e os seus interesses de poder.
   Mas, apesar disto, a iniciativa de Deus cumpre-se, propondo a uma outra “nação” o repelido, como o Senhor que vive. Israel rejeita Jesus, Deus repudia o seu povo, mas a história da salvação continua de um modo novo.
   A imagem da história de israel e o seu misterioso destino evocam também a nós, hoje, o mistério de uma eleição que se transforma em reprovação, enquanto surgem e se põem à frente novos eleitos, novos predestinados.
   Nenhum de nós, cristãos, se sente excluído deste tremendo e insondável mistério, porque as vicissitudes do povo eleito se podem repetir na história e na consciência de cada um de nós, enquanto a eleição da parte de Deus exige sempre uma resposta pessoal.
   Nós temos, certamente, a promessa de que o “novo povo” não será reprovado, e de que as polémicas do mal não prevalecerão contra a Igreja; mas é sempre impressionante pensar como várias das comunidades muito florescentes, dos primeiros séculos (as Igrejas da África e da Ásia Menor) foram canceladas da face da terra, não permanecendo delas senão o nome e a lembrança.
   Não sabemos o que sucederá com as comuinidades cristãs do Ocidente, nos séculos futuros. Serão ou não, Igrejas florescentes, comunidades fervorosas e vivas, ou o facho da fé e da eleição, passará de novo para as comunidades africanas e asiáticas, ou para as Américas Latinas.
   Talvez se venha a falar das nossas Igrejas do Ocidente, como agora falamos da Igreja de Pérgamo, da Filadélfia ou de Hipone: isto é, como igejas do passado, cuja lembrança só sobreviverá na memória e nos monumentos.
   O processo de secularização e de secularismo que, em muitos casos, já reduziu a Igreja a um estado de diáspora e de presença pouco significativa, cancelará das nossas regiões todo o vestígio de tradição e de cultura cristã, ou será ocasião para a redescoberta de um novo modo de ser cristão e de viver o Evangelho.
   Todos os homens constituem a Igreja e nela e por ela, hão-de dar cumprimento ao plano da História da Salvação.
Fonte: http://www.catequistabrunovelasco.com/evangelho_comentado_196.html

Equipe de Coordenação Litúrgica
 

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