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•Reunião da Pastoral Liturgica todo 1º Sábado do Mês • Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

28º Domingo do Tempo Comum - 08/10/2011

Primeira leitura (Isaías 25,6-10a)  

Leitura do Livro do profeta Isaías:

6O Senhor dos exércitos dará neste monte, para todos os povos, um banquete de ricas iguarias, regado com vinho puro, servido de pratos deliciosos e dos mais finos vinhos.
7Ele removerá, neste monte, a ponta da cadeia que ligava todos os povos, a teia em que tinha envolvido todas as nações.
8 O Senhor Deus eliminará para sempre a morte e enxugará as lágrimas de todas as faces e acabará com a desonra do seu povo em toda a terra; o Senhor o disse.
9Naquele dia, se dirá: “Este é o nosso Deus, esperamos nele, até que nos salvou; este é o Senhor, nele temos confiado; vamos alegrar-nos e exultar por nos ter salvo”.
10aE a mão do Senhor repousará sobre este monte.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus. 

Salmo (Salmos 22) 

— Na casa do Senhor habitarei, eternamente.
— Na casa do Senhor habitarei, eternamente.

— O Senhor é o pastor que me conduz;/ não me falta coisa alguma./ Pelos prados e campinas verdejantes/ ele me leva a descansar./ Para as águas repousantes me encaminha,/ e restaura as minhas forças.
— Ele me guia no caminho mais seguro,/ pela honra do seu nome./ Mesmo que eu passe pelo vale tenebroso,/ nenhum mal eu temerei; estais comigo com bastão e com cajado;/ eles me dão a segurança!
— Preparais à minha frente uma mesa,/ bem à vista do inimigo,/ e com óleo vós ungis minha cabeça;/ o meu cálice transborda.
— Felicidade e todo bem hão de seguir-me/ por toda a minha vida;/ e na casa do Senhor habitarei/ pelos tempos infinitos.

Sugestões de Melodia



Segunda leitura (Filipenses 4,12-14.19-20)

Leitura da Carta de São Paulo aos Filipenses:

Irmãos: 12Sei viver na miséria e sei viver na abundância. Eu aprendi o segredo de viver em toda e qualquer situação, estando farto ou passando fome, tendo de sobra ou passando necessidade. 13Tudo posso naquele que me dá força. 14No entanto, fizestes bem em compartilhar as minhas dificuldades.
19O meu Deus proverá esplendidamente com sua riqueza a todas as vossas necessidades, em Cristo Jesus. 20Ao nosso Deus e Pai a glória pelos séculos dos séculos. Amém.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Evangelho (Mateus 22,1-14)

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor!

Naquele tempo, 1Jesus voltou a falar em parábolas aos sumos sacerdotes e aos anciãos do povo, dizendo: 2“O Reino dos Céus é como a história do rei que preparou a festa de casamento do seu filho.
3E mandou os seus empregados para chamar os convidados para a festa, mas estes não quiseram ir.
4O rei mandou outros empregados, dizendo: ‘Dizei aos convidados: já preparei o banquete, os bois e os animais cevados já foram abatidos e tudo está pronto. Vinde para a festa!’
5Mas os convidados não deram a menor atenção: um foi para o seu campo, outro para os seus negócios, 6outros agarraram os empregados, bateram neles e os mataram.
7O rei ficou indignado e mandou suas tropas para matar aqueles assassinos e incendiar a cidade deles.
8Em seguida, o rei disse aos empregados: ‘A festa de casamento está pronta, mas os convidados não foram dignos dela. 9Portanto, ide até às encruzilhadas dos caminhos e convidai para a festa todos os que encontrardes’.
10Então os empregados saíram pelos caminhos e reuniram todos os que encontraram, maus e bons. E a sala da festa ficou cheia de convidados.
11Quando o rei entrou para ver os convidados, observou aí um homem que não estava usando traje de festa 12e perguntou-lhe: ‘Amigo, como entraste aqui sem o traje de festa?’ Mas o homem nada respondeu.
13Então o rei disse aos que serviam: ‘Amarrai os pés e as mãos desse homem e jogai-o fora, na escuridão! Aí haverá choro e ranger de dentes’.
14Porque muitos são chamados, e poucos são escolhidos”.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

 Refletindo sobre a Palavra
   A Liturgia da palavra deste 28º Domingo Comum – A, segundo a qual Deus não tem preferências para com as pessoas, convida-nos a fazer uma íntima reflexão sobre a Grande Reunião Final e o uso da Túnica Nupcial. O tema da «convocação» e da «reunião» universais percorre a Escritura em todos os seus Livros e define a experiência tanto de Israel como da Igreja. O povo eleito percebe a sua unidade como a de uma «reunião» continuamente provocada pela «convocação» de Javé.
   O quadro dessas «reuniões» é quase sempre cultural e sacrificial e reporta-se à grande «reunião» na qual se concluiu a aliança, e se preludia a «reunião escatológica universal».Quando os profetas evocam o futuro messiânico, apelam para o tema da assembleia em que Javé reunirá não só as doze tribos de Israel, mas todas as nações da terra, toda a Igreja. A assembleia de todas as nações é a Igreja, e o desígnio de reunião de todas as nações realiza-se em Cristo
   A 1ª Leitura, do Livro do profeta Isaías descreve a realização na história, da promessa de Deus ao Seu povo : - Sobre a montanha de Jerusalém reunirá todos os povos para um banquete com excelentes vinhos. Estes viverão em perfeita unidade entre si Ali não haverá ódio, nem guerra nem injustiça. Ao luto e à morte suceder-se-ão a alegria e a vida.
“O Senhor há-de tirar, neste monte, o véu do luto que cobria todos os povos, o pano que envolvia todas as nações; destruirá para sempre a morte.” (1ª Leitura)
   A Ressurreição de Cristo é a esperança para todos os homens. Com Ele, todos ressuscitaremos. Daí o grito de esperança do Salmo Responsorial :
“Habitarei para sempre na casa do Senhor.” (Salmo)
   A 2ª Leitura diz-nos que o apóstolo S. Paulo acaba de receber na prisão, dos cristãos de Filipos, ajuda económica oportuna e substancial. Em resposta lembra-lhes que, viver na opulência ou na miséria, de si, nem é virtude, nem defeito. O valor destas diferentes circunstâncias é proporcional ao espírito de desprendimento ou apego de cada um, aos bens materiais.
“Estou preparado para comer com fartura e para passar fome, para viver na abundância e para viver na penúria...” (2ª Leitura)
   Em qualquer das hipóteses, partilhar e distribuir o pão por aqueles que morrem de fome, é dever a que, sob pretexto algum, não nos podemos furtar.
   O Evangelho, é de S. Mateus e diz-nos que a Palavra de Deus fôra revelada, em todo o Antigo Testamento, a um único povo - o povo judeu – a quem era dado conhecer o Reino de Deus. Mas agora, Cristo abre novas perspectivas ao mundo. O Reino por Ele anunciado é universal, extensivo a todos os povos e gentes. Depois que os convidados se recusaram, o rei disse aos criados :
"O banquete está pronto, mas os convidados não eram dignos. Ide, pois, às entradas dos caminhos e, a quantos encontrardes, convidai-os para o banquete" (Evangelho)
   A Igreja é o novo Povo de Deus. Nela, todos os cristãos, vindos do judaísmo, do paganismo, de religiões várias, das classes altas e do mundo operário, são todos considerados, em tudo, iguais uns aos outros, porque todos são filhos de Deus e participantes do banquete comum da Eucaristia... Mas, cuidado ! É preciso usar o trajo próprio para o banquete da Eucaristia que é a graça de Deus... A Igreja não será fiel a si mesma se não se colocar como ponte que una os homens não só com Deus, mas também uns com os outros. Ela tem a tarefa de ir ao encontro dos homens e de os reunir onde quer que eles se encontrem.
   No mundo moderno, secularizado, mudou muito a situação e a presença da Igreja entre os homens. Em tempos de “cristandade”, a Igreja reunia-se não só em torno da Eucaristia, mas também em muitos outros sectores da vida e da actividade humana, sobre os quais exercia uma verdadeira tutela; hoje, esta actividade é muito diferente, porque as condições são outras.
   Poderemos dizer que a verdaderia unidade, a verdadeira reunião dos homens se dá, hoje, fora do influxo da Igreja, quando não em oposição a ela. A convocação e a reunião dos homens faz-se hoje em torno dos ideais de justiça, de libertação, de tomada de consciênia da própria dignidade, que reúnem as populações em partidos e sindicatos. Os homens encontram-se unidos na luta contra as doenças e contra a fome, na tentativa titânica de se libertarem das escravidões e das limitações das forças da natureza; reúnem-se em torno da ciência e da técnica, em que crêem como uma nova e terrestre esperança; reúnem-se e unem-se compactamente na luta de classes, contra a opressão e o poder de algum sistema que pode estar errado.
   Esta reunião é favorecida e tornada possível pelos grandes Meios de Comunicação Social : Rádio, TV, Cinema, Imprensa e Desporto. Este é o terreno onde os homens hoje se encontram e onde o homem moderno tem cada vez mais consciência de levar a termo um destino histórico que parece estranho às preocupações religiosas.
   Nesta situação, o cristão tem a sensação de estar “disperso” no meio dos outros homens, mas o cristão jamais é um “isolado”, porque é um membro vivo da Igreja. Para levar dentro da vida o testemunho da ressurreição de Cristo, como o fermento na massa, o cristão disperso tem necessidade de “sinais” eclesiais, que são os outros membros vivos da Igreja, sacerdotes e leigos, imersos como ele nas realidades quotidianas.
   A “convocação” da Igreja, nestes ambientes, não se faz tanto através da palavra proclamada, como no passado; passa através do testemunho dos que crêem, que é realemente um apelo à salvação para todos, e a uma ”reunião” muito mais completa e profunda do que a que o homem pode construir com as suas mãos. Sem ela não se pode realizar o plano da História da Salvação.

Fonte: http://www.catequistabrunovelasco.com/evangelho_comentado_196.html

Equipe de Coordenação Litúrgica

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