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•Reunião da Pastoral Liturgica todo 1º Sábado do Mês • Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

31º Domingo do Tempo Comum (30/10/2011)

Primeira leitura (Malaquias 1,14b-2,2.8-10) 

Leitura da Profecia de Malaquias:

14bEu sou o grande rei, diz o Senhor dos exércitos, e o meu nome é terrível entre as nações. 2,1E agora este mandamento para vós, ó sacerdotes. 2Se não quiserdes ouvir e tomar a peito glorificar o meu nome, diz o Senhor dos exércitos, lançarei sobre vós a maldição. 8Vós, porém, vos afastastes do reto caminho e fostes para muitos, na observância, pedra de tropeço; quebrastes o pacto de Levi, diz o Senhor dos exércitos; 9e eu também vos fiz desprezíveis e vos rebaixei aos olhos de todos os povos, na medida em que não guardastes meus caminhos e praticastes discriminação de pessoas no serviço da lei. 10Acaso não é um só o pai de todos nós? Acaso não fomos criados por um único Deus? Então, por que cada um de nós é desonesto com seu irmão, violando o pacto de nossos pais?

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Salmo (Salmos 130)

— Guardai-me, ó Senhor, / convosco, em vossa paz!
— Guardai-me, ó Senhor, / convosco, em vossa paz!

— Senhor, / meu coração não é orgulhoso, / nem se eleva arrogante o meu olhar; / não ando à procura de grandezas, / nem tenho pretensões ambiciosas!
— Fiz calar e sossegar a minha alma; / ela está em grande paz dentro de mim, / como a criança bem tranquila, / amamentada / no regaço acolhedor de sua mãe.
— Confia no Senhor, / ó Israel, / desde agora e por toda a eternidade!

Sugestões de Melodia:



Segunda leitura (1 Ts 2,7b-9.13)

Leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Tessalonicenses:

Irmãos: 7bFoi com muita ternura que nos apresentamos a vós, como uma mãe que acalenta os seus filhinhos. 8Tanto bem vos queríamos, que desejávamos dar-vos não somente o evangelho de Deus, mas até a própria vida, a tal ponto chegou a nossa afeição por vós. 9Irmãos, certamente ainda vos lembrais dos nossos trabalhos e fadigas. Trabalhos dia e noite, para não sermos pesados a nenhum de vós. Foi assim que anunciamos o evangelho de Deus. 13Por isso, agradecemos a Deus sem cessar por vós terdes acolhido a pregação da palavra de Deus, não como palavra humana, mas como aquilo que de fato é: Palavra de Deus, que está produzindo efeito em vós que abraçastes a fé.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Evangelho (Mateus 23,1-12)

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor!

Naquele tempo, 1Jesus falou às multidões e a seus discípulos: 2“Os mestres da Lei e os fariseus têm autoridade para interpretar a Lei de Moisés. 3Por isso, deveis fazer e observar tudo o que eles dizem. Mas não imiteis suas ações! Pois eles falam e não praticam. 4Amarram pesados fardos e os colocam nos ombros dos outros, mas eles mesmos não estão dispostos a movê-los nem sequer com um dedo. 5Fazem todas as suas ações só para serem vistos pelos outros. Eles usam faixas largas, com trechos da Escritura, na testa e nos braços, e põem na roupa longas franjas. 6Gostam de lugar de honra nos banquetes e dos primeiros lugares nas sinagogas. 7Gostam de ser cumprimentados nas praças públicas e de ser chamados de Mestre. 8Quanto a vós, nunca vos deixeis chamar de Mestre, pois um só é o vosso Mestre, e todos vós sois irmãos. 9Na terra, não chameis a ninguém de pai, pois um só é o vosso Pai, aquele que está nos céus. 10Não deixeis que vos chamem de guias, pois um só é o vosso Guia, Cristo. 11Pelo contrário, o maior dentre vós deve ser aquele que vos serve. 12Quem se exaltar será humilhado, e quem se humilhar será exaltado”.


- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Refletindo sobre a Palavra

A Liturgia da Palavra deste 31º Domingo Comum – A, faz-nos um oportuno convite à nossa Autenticidade Cristã. Uma certa violência de linguagem adoptada por Jesus para com os fariseus, que se haviam sentado na cátedra de Moisés, pode surpreender, à primeira vista, mas é proporcional à gravidade da distorção da vida religiosa que eles tinham provocado. Jesus Cristo, cabeça da Igreja, sacerdote por excelência, um de nós, mas Filho Único de Deus, viveu sempre em união íntima com os mais fracos, pecadores e humildes. Aos soberbos comparou-os a víboras venenosas. Para Ele todos são iguais.
Cristo será tanto mais nosso modelo e mestre, quanto mais soubermos dar a mão ao vizinho, ao nosso irmão, despojando-nos de nós mesmos. A fidelidade à vocação cristã e sacerdotal a que fomos chamados pelo Baptismo, não se realizará por outro caminho que não seja o da nossa Autenticidade Cristã, ajudados pela voz do Magistério da Igreja.
1ª Leitura do Livro do profeta Malaquias, recorda-nos que, reconstruído o templo e vivendo a paz do pós-exílio, o povo deixou-se arrastar por uma apatia quase total em relação ao culto divino, isto é, deixou perder a sua Autenticidade Religiosa.
Por isso, o profeta Malaquias censura vigorosamente o povo e mais ainda os sacerdotes responsáveis pela condução do povo e pela interpretação das Escrituras.
"...Se não vos empenhardes em dar glória ao Meu Nome, mandarei sobre vós a maldição." (1ª Leitura)
A História repete-se e também hoje muito boa gente se deixou arrastar pela apatia para com os seus deveres cristãos, entregando-se a outras actividades que levam consigo o mau exemplo e esquecendo as responsabilidades contraídas pelo Baptismo.
O Salmo Responsorial é como um desabafo do fundo do coração a pedir ao Senhor ajuda, para não deixarmos de ser fiéis aos nossos compromissos cristãos :
"Guardai-me junto de Vós, na Vossa paz, Senhor." (Salmo)
2ª Leitura, S. Paulo também nos recomenda a partilha do Evangelho com a própria vida, que o mesmo é dizer, que devemos dar testemunho da nossa Autenticidade Cristã.
A evangelização não consiste apenas em anunciar a Boa Nova e ficar à espera do milagre da aproximação das pessoas. Mas devemos dar exemplo das nossas convicções cristãs com o testemunho da nossa vida.
"...Desejamos compartilhar convosco, não só o Evangelho de Deus, mas a própria vida."(2ª Leitura)
Daqui brota uma consciencialização e uma possibilidade de perseverança, dentro de um ambiente mundano em que tudo nos pretende arrastar para a apatia e esquecimento da Palavra de Deus.
O Evangelhoé de S. Mateus e diz-nos que criar fardos pesados para os outros era a grande habilidade dos fariseus. Jesus censura-os impiedosamente, por o seu lema ser o de impor e não ajudar, falar e não fazer.
O exercício da autoridade, na Igreja ou no Estado, deve ser ocasião de serviço, como o definiu Jesus.
"Aquele que for o maior entre vós será o vosso servo." (Evangelho)
Numa linha de Autenticidade Cristã, devemos ser tanto ou mais exigentes connosco como com os outros. Temos a voz do Magistério da Igreja para nos apontar o caminho do Evangelho e nos levar a uma Autenticidade de Vida Cristã. Diz-se, por vezes, com razão ou não, que a hipocrisia se encontra com mais frequência nos cristãos do que nos outros.
O ideal cristão é certamente muito elevado, mas, muito frequentemente os cristãos dão a enetnder que tendem para ele, enquanto, na realidade, cometem as mesmas injustiças que os outros. É uma acusação que, felizmente, não é para todos mem para a maioria, mas a quem ele disser respeito, tome-a para si para que a hipocrisia não seja a tentação por excelência para os quem querem viver a aventura da fé.
Foi ela que impediu o povo judeu de transpor o limiar que deveria levá-lo ao recomnhecimento do verdadeiro Messias. É ela também um perigo que o povo cristão corre : o de deturpar a fisionomia do Reino de Deus.
Os cristãos não estão mais premunidos que os judeus contra o risco da hipocrisia, porque o orgulho subtil, de um lado, e uma certa inércia espiritual, de outro, continuam a trabalhar no meio deles.
Mais do que uma verdadeira hipocrisia subjectiva e consciente, muitas vezes trata-se de uma hipocrisia objectiva, inerente aos factos e comportamentos não muito claros e incisivos.
É a censura que Paulo faz a Pedro por causa da sua atitude pouco franca na quesão das relações com os cristãos provenientes do paganismo : - “Se tu, não és judeu, vives à maneira dos gentios, e não à dos judeus, como podes obrigar os gentios a judaizar?”(Gl.2,14).
O comportamento de Pedro não era hipócrita, mas prudencial; dada, porém, a sua posição de autoridade, contribuia para manter um equívoco que o universalismo cristão não podia tolerar.
Precisamente aqueles que têm responsabilidade estão, mais do que os outros, em perigo de se comportarem com certa forma de hipocrisia.
Para permanecer acima das opiniões, e para não tomar decisões que possam desagradar, são tentados a não intervir, a responder de maneira evasiva, mesmo quando se exigiria deles uma opção clara, uma tomada de posição decidida, até perigosa e impopular para a sua autenticidade cristã.
Na actual questão ecuménica pode infiltrar-se uma atitude ambígua, quando se requer a clareza e a precisão para que o diálogo seja objectivo.
As posições dúbias, as declarações não muito límpidas, uma falsa ironia que evita habilmente os problemas, só servem para criar ilusões e transferir sempre para mais tarde o encontro fraterno o leal.
É absolutamente necessário expor com clareza toda a doutrina, para que haja uma verdadeira autenticidade cristã como condição necessária para o plano da História da Salvação.

Fonte: http://www.catequistabrunovelasco.com/evangelho_comentado_196.html

Equipe de Coordenação Litúrgica


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