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•Reunião da Pastoral Liturgica todo 1º Sábado do Mês • Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

30º Domingo do Tempo Comum (23/10/2011)

Primeira leitura (Êxodo 22,20-26)

Leitura do Livro do Êxodo:

Assim diz o Senhor: 20Não oprimas nem maltrates o estrangeiro, pois vós fostes estrangeiros na terra do Egito.
21Não façais mal algum à viúva nem ao órfão. 22Se os maltratardes, gritarão por mim, e eu ouvirei o seu clamor. 23Minha cólera, então, se inflamará e eu vos matarei à espada; vossas mulheres ficarão viúvas e órfãos os vossos filhos.
24Se emprestares dinheiro a alguém do meu povo, a um pobre que vive ao teu lado, não sejas um usurário, dele cobrando juros.
25Se tomares como penhor o manto do teu próximo, deverás devolvê-lo antes do pôr do sol. 26Pois é a única veste que tem para seu corpo, e coberta que ele tem para dormir. Se clamar por mim, eu o ouvirei, porque sou misericordioso.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus. 

Salmo (Salmos 17)

— Eu vos amo, ó Senhor, sois minha força e salvação.
— Eu vos amo, ó Senhor, sois minha força e salvação.

— Eu vos amo, ó Senhor! Sois minha força,/ minha rocha, meu refúgio e Salvador!/ Ó meu Deus, sois o rochedo que me abriga,/ minha força e poderosa salvação.
— Ó meu Deus, sois o rochedo que me abriga,/ sois meu escudo e proteção: em vós espero!/ Invocarei o meu Senhor: a ele a glória!/ E dos meus perseguidores serei salvo!
— Viva o Senhor! Bendito seja o meu Rochedo!/ E louvado seja Deus, meu Salvador!/ Concedeis ao vosso rei grandes vitórias/ e mostrais misericórdia ao vosso Ungido.

Sugestões de Áudio:


Segunda leitura (1º Tessalonicenses 1,5c-10)

Leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Tessalonicenses:

Irmãos: 5cSabeis de que maneira procedemos entre vós, para o vosso bem. 6E vós vos tornastes imitadores nossos e do Senhor, acolhendo a Palavra com a alegria do Espírito Santo, apesar de tantas tribulações. 7Assim vos tornastes modelo para todos os fiéis da Macedônia e da Acaia.
8Com efeito, a partir de vós, a Palavra do Senhor não se divulgou apenas na Macedônia e na Acaia, mas a vossa fé em Deus propagou-se por toda parte. Assim, nós já nem precisamos de falar, 9pois as pessoas mesmas contam como vós nos acolhestes e como vos convertestes, abandonando os falsos deuses, para servir ao Deus vivo e verdadeiro, 10esperando dos céus o seu Filho, a quem ele ressuscitou dentre os mortos: Jesus, que nos livra do castigo que está por vir.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Evangelho (Mateus 22,34-40)

— O Senhor esteja convosco!
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor!

Naquele tempo, 34os fariseus ouviram dizer que Jesus tinha feito calar os saduceus. Então eles se reuniram em grupo, 35e um deles perguntou a Jesus, para experimentá-lo: 36“Mestre, qual é o maior mandamento da Lei?”
37Jesus respondeu: “‘Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento!’ 38Esse é o maior e o primeiro mandamento. 39O segundo é semelhante a esse: ‘Amarás ao teu próximo como a ti mesmo’. 40Toda a Lei e os profetas dependem desses dois mandamentos”.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Refletindo sobre a Palavra

Muitas vezes Jesus falava às multidões e quem O ouvia, também gostava de fazer as suas perguntas, não apenas para aprender, mas talvez mais para discutir ou contradizer
Na Liturgia da Palavra deste 30º Domingo Comum - A, que nos fala dos dois Grandes Amores – a Deus e ao Próximo – o facto é assinalado por todos os Evangelhos, e S. Lucas relaciona-o com a Parábola do Bom Samaritano.
Mas, de qualquer modo, o que está em realce para a nossa meditação é exactamente a Lei ou Mandamento do Amor a Deus e ao Próximo. Os Judeus orgulhosos de si mesmos não aceitam Cristo como enviado de Deus.
Interessa-lhes uma vida fácil enquanto Cristo prega a renúncia e a humildade. Em muitas circunstâncias Cristo condena-os publicamente. Desta vez é um doutor da Lei que pretende saber mais alguma coisa sobre o maior mandamento da Lei. Foi uma boa oportunidade para Cristo falar a todos sobre a Lei ou o Mandamento do Amor a Deus e ao próximo.
1ª Leitura, do Livro do Êxodo, diz-nos que em toda a Bíblia Deus toma sempre partido a favor dos oprimidos, dos órfãos e dos sem pátria. O texto lembra ao povo judeu a opressão suportada no Egipto e a luta que houve necessidade de travar para a libertação.
“Se maltratares algum e ele bradar por Mim, escutarei certamente o seu clamor.(...) E se viesse a bradar por Mim, escutá-lo-ia, porque Eu sou compassivo.” (1ª Leitura)
Recordando esses tempos difíceis, tem o povo obrigação de, em tudo e acima de tudo, reconhecer a supremacia do Amor de Deus pelo seu povo e por todos nós. Só Deus é a nossa força, como proclama hoje o Salmo Responsorial :
“Eu Vos amo, Senhor, Vós sois a minha força.” (Salmo)
2ª Leitura, S. Paulo diz aos Tessalonicenses, e hoje também a todos os empenhados na Evangelização, que sob a acção do Espírito Santo, a comunidade cristã de Tessalónica realizara uma caminhada deveras impressionante, tendo já abdicado, integral e conscientemente do culto aos deuses pagãos e vivendo agora em união perfeita com o Pai, em Jesus Cristo, no cumprimento da doutrina que ele, Paulo, lhes transmitia.
“Recebestes a palavra de Deus, no meio de muitas tribulações, com a alegria dada pelo Espírito Santo.(...) Do meio de vós, na verdade, ressoou a palavra do Senhor.”(2ª Leitura)
É de Comunidades assim que o mundo de hoje precisa, nas Paróquias, nos lugares de trabalho e em toda a parte aonde nós devemos levar a mensagem de amor, com o nosso exemplo e as nossas palavras.
O Evangelho é de S. Mateus e diz-nos também que o amor de Deus e do próximo estão de tal modo interligados que um sem o outro não é possível. Os fariseus julgavam talvez, embaraçar Jesus com a pergunta do maior mandamento da Lei, mas eles ficaram muito mais embaraçados com a resposta de Jesus :
"Amarás ao Senhor teu Deus com todo o teu coração e ao próximo como a ti mesmo." (Evangelho)
Nós também dizemos de cada vez que rezamos o Pai Nosso : - Perdoai-nos as nossas ofensas como nós perdoamos aos que nos ofenderam. Quantas vezes este pedido se faz sem o seu verdadeiro sentido do perdão e do amor ao próximo em correspondência ao amor com que Deus nos ama e nos perdoa. A atenção a Deus e a atenção ao homem não são facilmente superáveis.
O culto da vida interior é um valor cristão, um valor permanente, como a necessidade de recolhimento. Mas a vida interior, quando é cristã, não é um monólogo nem é falar só com Deus.
Encontrando Deus na oração, o cristão, mais cedo ou mais tarde, encontra inevitavelmente os homens que Deus cria e quer salvar. A nossa vida interior é a fonte das nossas relações exteriores.
Contrariamente à sabedoria meditativa e contemplativa do fim do paganismo grego ou do Oriente, a pregação cristã jamais opôs o ser ao fazer, o interior ao exterior, a teoria à prática, a oração à vida, a fé às obras e Deus ao próximo. É sempre no momento em que a comunidade cristã se desfaz ou a fé descai, que ela abndona o mundo e as suas responsabilidades, reconstruindo o mito da interioridade.
Então, Cristo não é mais reconhecido na pessoa do pobre, do exilado e do prisioneiro. O cristão pode afastar-se momentaneamente dos homens, para orar, para pensar só em Deus.
Pode fazer uma hora de meditação sem encontrar expressamente, na contemplação de um mistério divino, o pensamento das necessidades dos homens... Isto torna-se mesmo, em certos momentos, uma profunda necessidade.
Na vida cristã, como na vida humana em geral, existem normalmente ritmos; passa-se da contemplação à acção, e desta à contemplação. Mas o afastamento dos homens é sempre apenas provisório.
Assim como acontece na nossa existência, em que se sucedem tempos de retiro e tempos de intensa actividade, também na Igeja vemos contemplativos e activos. O mistério de Cristo, no seu todo, é vivido na Igreja, no conjunto dos seus membros e em todos os séculos.
O contemplativo serve aos homens servindo a Deus; o activo serve a Deus servindo aos homens. Os dois exprimem, especializando-se na imitação de Cristo, um mesmo e único mistério : o da vida religiosa do Verbo encarnado.
Assim aconteceu e acontece ainda hoje na história da Igreja, em que, dos conventos de contemplação sairam figuras da Igreja absolutamente activas na Evangelização.
Amar a Deus e ao próximo como a nós mesmos, é condição para cada um poder participar na História da Salvação.

Fonte: http://www.catequistabrunovelasco.com/evangelho_comentado_196.html

Equipe de Coordenação Litúrgica

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